ISGECOF - VIDEO DO GRUPO CULTURAL HOOLIGANS_ARTE JORNADA CIENTIFICA

NANY TREKE - A CARTA VERSAO MOBILE

NANY TREKE - A CARTA

Deixe – me ser o seu herói de algodão;



Eu quero ser o seu herói de algodão;
Serei a sua luz branca sempre que te sentires no escuro, a sua lanterna no fundo do túnel, a bênção de untar o seu corpo com o meu tecido, vou enxugar suas lágrimas e isso te dará liberdade de solta – las sempre que te der vontade sem lástima, colocarei álcool na sua ferida de amor, não deixarei o seu coração sangrar, mais se isso acontecer, enxugarei o sangue gota a gota sempre que passares por uma desilusão nas picadas da vida;

Deixe – me ser o seu herói de algodão, para vestir – te sempre que te sentires nua, para abraçar – te sempre que te chamarem de puta, e não julgar – te sempre que fores a luta;
E quando caíres, antes de rir levantar – te – ei, quando saíres, ao te despedir, não so escutarei como acompanhar – te – ei; por ti, colocarei as minhas inocentes fibras no fogo, e se for necessário, elas estarão prontas para queimar;

O seu herói de algodão;
A quem pode amar sem culpa, desabafar a angústia, sem medo de ficar nua, com quem nos dias tristes pode se juntar, com quem pode se espetar e se preciso chorar e gritar para se aliviar; os seus gritos se afogarão em meu esponjoso coração;

O seu herói de algodão;
Que se junta ao espelho e a sombra, aumentando para três o numero de pessoas com quem contar, em quem confiar;

Deixe – me ser o seu herói de algodão;
Saberei o que pensas sem precisares de falar, e só de olhar para ti, saberei o que dizer ou não, saberei o que precisas ao te ouvir suspirar, e ai, estarei sempre me aquecendo, para que sempre que precisares servir – te o calor do meu abraço, e se estiver muito quente, engolirei uma pedra de gelo, mergulharei aos pólos no Outono do oceano, e trarei o ar polar do qual estás calejada;

Deixar – te – ei morrer, mais antes, tomarei a dianteira ao som de uma bala perdida, e se te vai atingir, primeiro passara por mim, gritarei de terror, sucumbirei de dor, contorcer – me – ei de cãibras, e em seguida morrerei, tu também morrerás, mais o doce fluido do meu do meu suor e sangue branco ressuscitar – te – à, e de novo viverás; mais as minhas lembranças permaneceram no seu eu, com inconformidade sepultar – me – às como morto que serei, e com as suas lágrimas de dor, de culpa e de saudade, regarás o meu campo túmulo, e ai, como uma planta germinarei, crescerei, darei frutos, e pelas suas lágrimas, novamente viverei, e como um dia foi, o nosso cículo e a nossa história voltará ao inicio, aumentarei para três o número divino ora reduzido, e assim, para sempre, serei
O seu herói de algodão