Eu
quero ser o seu herói de algodão;
Serei
a sua luz branca sempre que te sentires no escuro, a sua lanterna no fundo do
túnel, a bênção de untar o seu corpo com o meu tecido, vou enxugar suas
lágrimas e isso te dará liberdade de solta – las sempre que te der vontade sem
lástima, colocarei álcool na sua ferida de amor, não deixarei o seu coração
sangrar, mais se isso acontecer, enxugarei o sangue gota a gota sempre que
passares por uma desilusão nas picadas da vida;
Deixe
– me ser o seu herói de algodão, para vestir – te sempre que te sentires nua,
para abraçar – te sempre que te chamarem de puta, e não julgar – te sempre que
fores a luta;
E
quando caíres, antes de rir levantar – te – ei, quando saíres, ao te despedir,
não so escutarei como acompanhar – te – ei; por ti, colocarei as minhas inocentes
fibras no fogo, e se for necessário, elas estarão prontas para queimar;
O
seu herói de algodão;
A
quem pode amar sem culpa, desabafar a angústia, sem medo de ficar nua, com quem
nos dias tristes pode se juntar, com quem pode se espetar e se preciso chorar e
gritar para se aliviar; os seus gritos se afogarão em meu esponjoso coração;
O
seu herói de algodão;
Que
se junta ao espelho e a sombra, aumentando para três o numero de pessoas com
quem contar, em quem confiar;
Deixe
– me ser o seu herói de algodão;
Saberei
o que pensas sem precisares de falar, e só de olhar para ti, saberei o que
dizer ou não, saberei o que precisas ao te ouvir suspirar, e ai, estarei sempre
me aquecendo, para que sempre que precisares servir – te o calor do meu abraço,
e se estiver muito quente, engolirei uma pedra de gelo, mergulharei aos pólos
no Outono do oceano, e trarei o ar polar do qual estás calejada;
Deixar
– te – ei morrer, mais antes, tomarei a dianteira ao som de uma bala perdida, e
se te vai atingir, primeiro passara por mim, gritarei de terror, sucumbirei de
dor, contorcer – me – ei de cãibras, e em seguida morrerei, tu também morrerás,
mais o doce fluido do meu do meu suor e sangue branco ressuscitar – te – à, e
de novo viverás; mais as minhas lembranças permaneceram no seu eu, com
inconformidade sepultar – me – às como morto que serei, e com as suas lágrimas
de dor, de culpa e de saudade, regarás o meu campo túmulo, e ai, como uma
planta germinarei, crescerei, darei frutos, e pelas suas lágrimas, novamente
viverei, e como um dia foi, o nosso cículo e a nossa história voltará ao
inicio, aumentarei para três o número divino ora reduzido, e assim, para
sempre, serei
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